nossa marcha
Troa na praça o tumulto!
Altivos píncaros – testas!
Águas de um povo dilúvio
lavando os confins da terra.
Touro mouro dos meus dias.
Lenta carreta dos anos.
Deus? Adeus. Uma corrida.
Coração? Tambor rufando.
Que metal será mais santo?
Balas-vespas nos atingem?
Nosso arsenal é o canto.
Metal? São timbres que tinem.
Desdobra o lençol dos dias
cama verde, campo escampo.
Arco-íris arcoirisa
o corcel veloz do tempo.
O céu tem tédio de estrelas!
Sem ele, tecemos hinos.
Ursa-Maior, anda, ordena
para nós um céu de vivos.
Bebe e celebra! Desata
nas veias a primavera!
Coração, bate a combate!
O peito – bronze de guerra.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
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