sexta-feira, 19 de outubro de 2007

a casa de minha vó

Aqui na rua tem uma locadora em frente da casa de minha avó. Descendo a calçada chega-se a padaria. Subindo tem uma farmácia e o Bar do Marciano na esquina. É uma rua tranqüila, apesar de movimentada. As motos e mobiletes são mais que os carros. As casas são antigas, grandes e aconchegantes. Todas têm uma área na frente, com cadeiras coloridas. Fim de tarde todos papeiam com vizinhos e amigos em suas áreas. Acho bonito.

Hoje bem de manhã fui dar uma volta, andei até a praça. Muito florida. Lá refleti um pouco, convidando a paz a caminhar dentro de meu corpo. Um menino me interrompeu o processo. Sentou ao meu lado e começou a reclamar do homem que limpava a praça. Tinha uns argumentos bons, interessantes. Simpatizei um pouco com ele. Resolvi, então, conversar um tico.
É engraçado o universo das crianças e elas o relatam com pureza. Me diverti por algum tempo com o guri. Depois fui embora. Voltei a rua.

Na casa existe um quintal grande com trepadeiras. Mas elas não tem onde trepar, se recolhem ao chão. As flores brotam dali. Acho gostoso de olhar. Chove um pouco agora. Refresca o ar. Esse cheiro de terra molhada me remete a infância ali naquela cidade. Ando um pouco pela chuva. Sinto vida! Paro, abro os braços e inclino a cabeça pra cima. As gotas me acolhem, me saboreiam.
Fazem-me sorrir grande.

Sou inteiro por um momento!

4 comentários:

Patrícia Cosme disse...

estava o dia todo precisando chorar...

agora eu consegui me entregar.

amo-te.

: Giovanna Pelin disse...

amável.

simples e aconchegante.

a-d-o-r-e-i!!


bjin cavaleiro!

Karina disse...

ai, que bonito, Ivan!
... conseguiu passar certinho pro leitor todas as sensações maravilhosas através das palavras, olha como você é chato! haha

Unknown disse...

Mandou bem hein Tremendân.